Perguntas e respostas do lançamento do Plano Diretor

Muitas perguntas foram feitas pelos participantes no lançamento do Plano Diretor Fiocruz Campus Manguinhos Saudável. Como não houve tempo de responder todas no dia, seguem abaixo perguntas e respectivas respostas separadas por áreas.

NIH – Instituto de Saúde nos EUA

PERGUNTA: O NIH é como na Fiocruz, uma presidência votada pelos institutos? É ligada ao governo do Estado como principal mantenedor? Existe área de produção? Se existe, é neste campus?
AUTORIA: Patrícia Georgia Mussili – Biomanguinhos
RESPOSTA: Não temos conhecimento sobre a forma de escolha dos cargos diretivos do NIH. Entretanto, sabemos que é, sim, um órgão federal, mantido com recursos governamentais. Existe área de produção no campus que foi visitado pelas arquitetas da Dirac Tereza Malveira e Maria Paula Fontes, mas nem todas as instalações estavam abertas à visitação.

RELAÇÃO COM O ENTORNO

PERGUNTA: Como apontado pela Tereza Malveira, o NIH tem uma preocupação de discussão com a comunidade do entorno. Qual a perspectiva quanto a essa questão tendo em vista a influência deste contingente em nosso campus, dada também toda a assistência prestada pela Fiocruz a este entorno?
AUTORIA: Jonas Victorino – ENSP
RESPOSTA: Consideramos muito importante a manutenção de canal aberto com as comunidades vizinhas. Ainda não está perfeitamente claro, dentro dos trabalhos do Plano, como isso se dará, mas certamente o assunto será discutido e definido nas instâncias de participação.

PERGUNTA: 1) Na construção do Plano Diretor serão incorporados os impactos socioambientais do entorno (saneamento, comunidade, poluição, violência dentre outros)?
2) Dentro da mobilidade urbana está prevista a construção de ciclovias?
AUTORIA: Rejane Tavares – Dirac
RESPOSTA: 1) É indispensável considerarmos esses impactos e discutirmos como lidar com eles. Temos questões relativas ao despejo de efluentes, por exemplo, e sabemos que nem todas as soluções estão dentro do alcance da atuação da Fiocruz. Mas consideramos que a comunicação constante e franca com os moradores do entorno é fundamental.
2) O tema da mobilidade é um dos mais desafiadores dentro do Plano. A locomoção por bicicletas dentro do campus, com a necessária disposição de vias próprias para isso é uma das alternativas que já foi elencada nas conversas iniciais e deve ser aprofundada nos próximos meses.

MOBILIDADE

PERGUNTA: É possível aumentar a frequência de circulação dos ônibus, em especial nos horários de pico, bem como integrá-los com a estação do metrô Triagem? Parabéns e obrigado!
AUTORIA: Carlos Magno – Fioprev
RESPOSTA: É nosso desejo discutir com todos os setores responsáveis as formas de oferecer condições de mobilidade mais adequadas, confortáveis e eficientes para todos. A integração com a estação do metrô em Triagem é uma alternativa muito interessante que deverá ser colocada em pauta.

CONFORTO AMBIENTAL

PERGUNTA: Como será pensada a questão do ambiente sonoro no Plano Diretor?
AUTORIA: Marta Ribeiro – Direh – CST – Projeto Ruído
RESPOSTA: Entre os consultores técnicos que estão dando apoio ao Plano, há uma especialista em conforto ambiental. Ela esteve na Dirac para uma primeira aproximação no dia 20/09 e será colocada em contato com a equipe de pesquisadores do Projeto Ruído para o tratamento das questões referentes ao conforto acústico.

RELAÇÃO COM ÓRGÃOS PÚBLICOS / LICENCIAMENTOS

PERGUNTA: Gostaria de parabenizar toda a equipe Dirac e IBAM pela iniciativa. Como vai ser a estratégia de articulação com os órgãos públicos, principalmente com a prefeitura, em relação à aprovação do Plano na questão do uso e ocupação do solo, que certamente vai se espelhar na questão dos licenciamentos?
AUTORIA: Ana Maria Marques – DPH/COC
RESPOSTA: Estão previstas para a próxima etapa vários encontros com os órgãos públicos para articularmos essa relação, que não se limita ao momento de elaboração do plano mas a uma interlocução constante. Nossa consultora para assuntos de regularização urbanística e licenciamentos, a arquiteta Angela Botelho, foi durante muitos anos a coordenadora municipal de licenciamentos, no Rio de Janeiro, e está colocando sua expertise e experiência a serviço da Fiocruz, de forma a nos orientar sobre como conduzirmos essas questões.

ZOONOSES

PERGUNTA: Bom dia, relacionando meio ambiente, dinâmica populacional e mobilidade, como será abordada a questão de animais de companhia estarem dispostos no campus como possíveis reservatórios e amplificadores de zoonoses que combatemos como instituição técnico-científica de saúde?
AUTORIA: Cláudio Rodrigues – Presidência/CDTS
RESPOSTA: Embora esta questão específica extrapole o escopo do Plano Diretor, será encaminhada ao Grupo Gestor para que opine e se posicione a respeito;

ARTICULAÇÃO ENTRE AS UNIDADES / PARTICIPAÇÃO

PERGUNTA: Nos últimos oito anos eu dediquei cerca de 40% do meu tempo para o entendimento e planejamento dos desafios em infraestrutura para a pesquisa e os serviços do IOC. A falta de uma instância articuladora das várias demandas dos Institutos sediados em Manguinhos sempre foi um grave problema, pela centralização de todo o processo na Dirac e na presidência. Pergunto:
1) O contrato Fiocruz/IBAM tem custo? Quanto?
2) Qual a instância colegiada que será ativada? A Câmara Técnica de Infraestrutura e Urbanismo, aprovada num Congresso Interno, vai ser ativada?
3) Como vai se dar a relação da presidência com cada unidade envolvida?
AUTORIA: Tania Araujo Jorge – IOC
RESPOSTA:1) Sim, o contrato tem um custo, de cerca de 770 mil reais, para um trabalho realizado ao longo de quase um ano, envolvendo mais de 20 profissionais de nível superior altamente qualificados. É um recurso que estava devidamente previsto no quadro do planejamento da Dirac, a ser utilizado para a realização de uma tarefa com recomendação expressa no Plano Quadrienal da instituição. O contrato é público e está disponível aos interessados, nos termos da legislação.
2) Serão ativadas diversas instâncias de participação. Entre elas, foi formado o Grupo Gestor, composto por membros de todas as unidades do campus, com a função de discutir tecnicamente os diversos temas e as respectivas proposições de solução. O Grupo foi formado a partir de reunião de apresentação do Plano à Câmara Técnica de Gestão e seus membros foram indicados pelos vice-diretores presentes à Câmara. Em momentos-chave da elaboração do Plano, os resultados dos debates e considerações do Grupo Gestor serão encaminhados ao Conselho Deliberativo para validação.
3) A relação da presidência está sendo de apoio e transparência, oferecendo suporte para que as diversas instâncias de participação tenham a maior legitimidade e consistência possível. A metodologia de construção e participação, passando pelo crivo das unidades em diversas instâncias, entre as quais o Grupo Gestor e o Conselho Deliberativo são exemplos disso.

PERGUNTA: Como é de conhecimento, não se faz um plano sem levantamento de necessidades junto à comunidade. A partir de quando a comunidade Fiocruz irá participar com sugestões no Plano Diretor da Fiocruz?
AUTORIA: Marcos Azevedo – IOC
RESPOSTA: Já está participando, através dos eventos, das diversas reuniões e deste blog. A resposta será desenvolvida mais abaixo.

PERGUNTA: Considerei importante um projeto construído por todos, compatibilizando necessidades e interesses e preservando o belo ambiente do campus. 1) Já existe um cronograma para que as unidades sejam ouvidas?2) O projeto priorizará só o campus ou há uma preocupação de crescimento planejado para a Fiocruz fora do campus?
AUTORIA: Justa Helen – ENSP/ASFOC
RESPOSTA: 1) Sim, esta agenda está sendo construída e já tem sua prévia aqui no blog. 2) Este projeto abrange o campus e a Expansão, mas poderá servir de subsídio para a implantação de projetos similares em outras regionais.

PERGUNTA: Embora este trabalho seja focado no campus Manguinhos, como os outros campi da Fiocruz no RJ e nos outros estados estão sendo considerados no planejamento físico-territorial da Fiocruz (considerando que outros campi possuem planos diretores, como o campus Mata Atlântica, por exemplo)?
AUTORIA: Ana Cláudia Penna – IOC
RESPOSTA: Desenvolverei essa resposta mais abaixo.

PERGUNTA: 1) Existe intenção de discutir o Plano Diretor no 7o. Congresso Interno para pactuar prioridades?2) Na etapa 2, de Diagnóstico, que fases permitem a inserção de gestores das unidades com demanda de espaço?3) Como, efetivamente, o processo ocorrerá de forma participativa? Em que fases da metodologia os trabalhadores podem opinar ativamente?
AUTORIA: Luciana Lindenmeyer – ICICT
RESPOSTA: 1) Teremos muito prazer em apresentar e discutir o Plano no 7o. Congresso Interno se houver esta possibilidade. 2 e 3) A resposta será desenvolvida mais abaixo.

PERGUNTA: Como avalia a possibilidade de construir e/ou discutir o Plano Diretor de forma colaborativa com a comunidade Fiocruz? Ideias: portal, blog, fórum presencial.
AUTORIA: Paulo Abilio / Pedro Teixeira – ICICT / ENSP
RESPOSTA: As formas contemporâneas de participação, através das redes sociais, estão sendo incorporadas de maneira ativa e com muita satisfação. Um dos exemplos é a própria constituição deste blog, que pretende ser o canal mais aberto possível para a manifestação de todos. Desenvolverei essa resposta mais abaixo.

RESPOSTAS REFERENTES À FORMA DE PARTICIPAÇÃO

As formas de participação da comunidade foram alvo de muitas perguntas e curiosidade. Explicamos abaixo como se farão as consultas e discussões com a colaboração de todos.
Existem vários canais de discussão e participação, tentando abranger as mais variadas dimensões e oportunidades de participação. Além do Grupo Gestor e do Conselho Deliberativo, cujas funções já foram apresentadas nas respostas dadas, haverá estas outras possibilidades de comunicação e trocas:
1) Teremos, ao longo do processo, 4 eventos públicos, abertos a toda a comunidade. Serão oportunidades de divulgar cada uma das etapas de elaboração do plano, prestando contas do que foi feito naquele período, com tempo aberto, ao final, para a formulação de perguntas e comentários, que serão sempre respondidos aqui no blog, como estamos fazendo agora. O primeiro evento foi o de lançamento do Plano, realizado no último dia 16. Teremos mais um ao término da etapa de diagnóstico, um terceiro quando tivermos as propostas preliminares e o último está sendo pensado para o encerramento, quando entregaremos o documento final à comunidade;
2) Além dos eventos, temos o blog, que será alimentado regularmente com notícias e com a agenda do Plano. Através da caixa de comentários é possível deixar sua opinião, sugestões e perguntas.3) O grupo coordenador do Plano está agendando visitas às unidades, não apenas para levantar a situação de cada uma quanto a funcionamento e infraestrutura, mas também para ouvir as demandas e informar-se quanto aos planos de cada uma no que diz respeito à ocupação do espaço. Haverá mais de uma rodada de visitas, em momentos distintos. A agenda das visitas que estão sendo realizadas nesta etapa de diagnóstico já está no blog.

POAP

PERGUNTA: Considerando que o POAP deve ser ainda apreciado (aprovado) pelo IPHAN e INEPAC, como será sua apropriação na elaboração do Plano Diretor do campus e também para sua publicização junto à comunidade Fiocruz?
AUTORIA: Cristina Coelho – COC
RESPOSTA: O POAP foi lido e estudado com atenção por todos os membros da equipe. As questões ali levantadas estão incorporadas em uma das discussões temáticas propostas pelo Plano, que é a da Gestão do Patrimônio Edificado, e contará com o apoio do mesmo consultor técnico que participou da elaboração do POAP, o arquiteto Cristóvão Duarte, ex-superintendente do IPHAN e professor da FAU/UFRJ.

Leave a Reply